Chianti, um clássico em alta
Vinda da Itália, variedade ajudou no crescimento das vendas de vinho do país
Os vinhos italianos estão em alta no mundo. A Unione Italiana Vini (UIV) noticiou recentemente um crescimento recorde nas exportações de vinho no primeiro semestre de 2021, com 16% em valor e 6% em volume, ultrapassando a sonora marca de 1 bilhão de litros. No Brasil, segundo números da Product Audit, no mesmo período, a presença de vinhos da Itália cresceu 13% em valor e 8% em volume. O que mais chama atenção, porém, é o crescimento em valor agregado. No Brasil, esses vinhos tiveram um aumento de 33% nas importações nas categorias premium e super premium (respectivamente vinhos acima de 51 dólares e 101 dólares na origem, por caixa de doze garrafas). Certamente uma das locomotivas desse crescimento é o chianti, que protagonizou nas últimas décadas um caso raro de virada de imagem e de qualidade.
Até os anos 1990, o nome chianti no rótulo era associado a um vinho modesto, que raramente alçava voos mais altos de qualidade e preço. Após décadas de trabalho sério, desde o vinhedo, passando pela legislação da região, até o marketing, sem deixar de ser um vinho de grandes volumes e de preços acessíveis (nas categorias de entrada), os melhores chianti hoje não devem nada aos brunellos, barolos e amarones.
Uma nova categoria de chianti, chamada gran selezione, abriu caminho para essa consolidação. Quando criada, em 2014, representou 4% de produção de chianti classico.
É bom lembrar que existem dois tipos básicos de chianti. O chianti classico é o produzido na zona geográfica entre Florença e Siena, originalmente demarcada no ano de 1716. Possui três níveis: chianti, chianti riserva e chianti gran selezione. Todos devem ser feitos com um mínimo de 80% sangiovese. Respectivamente o período mínimo de amadurecimento em madeira e garrafa antes de ir ao mercado é de doze, 24 e 30 meses. Os gran selezione são feitos de uma seleção das melhores uvas de vinhedos próprios. O outro tipo, chianti sem o sobrenome classico, vem dos territórios em torno, uma zona alargada e oficializada em 1930.
1 - Mazzei Ser Lapo Chianti Classico Riserva DOCG 2017
- R$ 416,90
- R$ 279,90
2 - Santa Cristina Chianti Superiore DOCG 2018
- R$ 266,90
- R$ 179,90
3 - Brancaia Chianti Classico Riserva DOCG 2016
- R$ 349,69
Texto: Marcelo Copello
*As informações e valores dos produtos se referem ao momento de publicação desta matéria.