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Conheça três vinhos da Borgonha, a clássica região francesa

Indicamos três rótulos produzidos naquela área

Por Redação Veja SP
2 jul 2021, 23h35
Três vinhos da Borgonha sobre fundo branco
 (Veja SP/Divulgação)
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Enquanto a região vinícola francesa de Bordeaux foi impulsionada pelo mercado inglês e pela competição, voltada para a exportação e o comércio, a Borgonha foi inventada pelas ordens monásticas, muito mais presentes e atuantes na França (e Alemanha) do que na própria Itália, sede da Igreja.

Se a classificação de Bordeaux de 1855 foi baseada em preços, com forte disputa entre os produtores, a da área da Borgonha foi cunhada por monges, sem nenhum interesse comercial, voltada apenas para a qualidade. Enquanto os vinhos bordaleses eram vendidos para fora, os borgonhas eram consumidos pela nobreza e pela Igreja.

Para os nobres, ser dono de um bom vinhedo na Borgonha era uma indicação de status — quando o príncipe Conti comprou o vinhedo Romanée, em 1760, reservou a produção inteira para o seu uso pessoal. A Borgonha é de longe a região mais classificada e subdividida no mundo, muitas vezes descrita como um mosaico.

Essa pequena região faz apenas 3% do vinho da França, mas detém cerca de 20% das chamadas Appellation d’Origine Contrôlée (AOC) do país — em português, denominação de origem controlada (DOC), que liga obrigatoriamente um certo produto à sua região de produção. São 100, muitas delas divididas em climats (ou lieu-dit), áreas delimitadas de um vinhedo com qualidade e individualidade reconhecidas ao longo do tempo. Existem alguns milhares de climats e, para complicar, eles podem ter vários donos, que fazem vinhos de qualidades diferentes. As AOC borgonhesas estão divididas em quatro níveis: regionais, comunais, premier crus e grand crus.

As primeiras são as mais genéricas, e representam 51% de todo o vinho da Borgonha. São vendidas com o nome de uma uva ou de uma extensa área. É o caso da Appellation Bourgogne Aligoté Contrôlée e da Appellation Bourgogne Côte Chalonnaise Contrôlée. As AOC comunais trazem o nome da vila na qual está o vinhedo e representam 37% da produção. Um exemplo é a Appellation Nuits-Saint-Georges Contrôlée.

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A linha de premier crus tem apenas 10% da produção e traz na etiqueta o nome do climat após o nome da vila, como Nuits-Saint-Georges Premier Cru Les Vaucrains. Finalmente, os grand crus estão no topo da pirâmide, com apenas 1,4% da produção. Os rótulos trazem somente o climat. São 33: uma apelação para Chablis, oito em Côte de Beaune e 24 na Côte de Nuits, onde fica a Appellation Clos de Vougeot Grand Cru Contrôlée, por exemplo.

Abaixo, três vinhos produzidos naquela área:

 

1 - Buissonnier Grand Vin de Bourgogne Mercurey AOC 2018

Rubi violáceo claro e brilhante. Aroma de boa intensidade, focado nas frutas vermelhas frescas, como morango e framboesas, notas de bosque úmido, tabaco e especiarias doces. Paladar leve e fresco, com taninos e acidez agradavelmente presentes, tornando o vinho gastronômico.
  • R$ 219,90
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2 - Ropiteau Frères A.O.C. Bourgogne Chardonnay 2016

Amarelo palha com reflexos dourados, claro e brilhante. Aroma de boa tipicidade da casta e região, com notas de frutas amarelas maduras, madeira discreta, baunilha, abacaxi, lima, chá de camomila e manteiga. Paladar leve e de textura macia, com acidez equilibrada. Uma boa porta de entrada para os brancos da região.
  • R$ 184,90
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3 - Vinho Gevrey Chambertin 2015 750 ml

Um borgonha de nível village, da vila de Gevrey. Rubi médio, notas de morango e cereja, tabaco e especiarias. Paladar de boa estrutura, com bom meio de boca, taninos doces e macios, boa acidez.
  • R$ 550,00
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*As informações e valores dos produtos se referem ao momento de publicação desta matéria.

** Texto de Marcelo Copello

 

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