Entenda as diferenças e conheça algumas opções de vinhos verdes
Muito mais do que uma bebida levinha, o vinho verde possui grande variedade

Os vinhos verdes, produzidos na região do Minho, no extremo norte de Portugal, são hoje muito mais do que aquele líquido levinho e ligeiramente frisante, com algum gás. Na categoria dos brancos, existem opções de maior estrutura e bom potencial de guarda. A área também proporciona espumantes, rosados e tintos de qualidade.
Um dos maiores patrimônios do vinho português é o conjunto de 250 castas autóctones, originais, que tornam os rótulos únicos. Só nessa região há cerca de cinquenta variedades que podem ser utilizadas. A de maior prestígio é, sem dúvida, a alvarinho, cepa branca mais importante da Península Ibérica.
Essa uva tem perfil aromático que se encaminha para frutas amarelas maduras, como pêssego, manga, abacaxi ou maracujá, além de florais (flor de laranjeira e violeta) e cítricos (limão e laranja). Outros aromas típicos da variedade são marmelo, banana, lichia, avelã, noz e mel. Seu perfil se diferencia significativamente das demais castas brancas da DOC Vinhos Verdes.
Normalmente, a intensidade de cor é maior, o aroma é mais intenso e o caráter gustativo, de maior maciez alcoólica, com mais estrutura, equilíbrio e persistência. A cepa loureiro é mais floral, a azal e a avesso são mais cítricas, e a pedernã e a trajadura lembram banana e maçã, por exemplo.
Historiadores espanhóis sugerem que a alvarinho é aparentada da riesling e teria sido introduzida na região da Galícia por monges de Cluny, em uma provável peregrinação medieval. É uma das castas de menor rendimento do mundo, com bagos pequenos de película grossa. As uvas amadurecem precocemente, o que nessa chuvosa área é uma dádiva, e têm boa resistência a pragas.
Uma característica da alvarinho que a torna “moderna” é sua afinidade com a fermentação em barricas de carvalho e maceração pelicular com o processo de bâtonnage (revolver as borras depositadas no fundo do recipiente), o que dá ainda mais estrutura ao vinho. Outras uvas brancas de destaque são a loureiro e a arinto.
A primeira produz bebida de cor clara esverdeada, acídula, com aromas intensos, muito perfumados, lembrando flores (rosa) e também cítricos como o limão. A segunda, a arinto, tem boa estrutura e atinge seu melhor no interior da região. Dá vinhos frescos, com ótima acidez, de cor clara e citrina. Seus aromas mais típicos são maçã, pera e muitas flores.
CONFIRA OPÇÕES DE VINHOS VERDES:
1 - Vinho Branco Verde Alvarinho Palácio da Brejoeira 750ml

- R$ 430,80
2 - Vinho Verde João Portugal Ramos Alvarinho 750ml

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3 - Vinho Verde Muralhas de Monção 375ml

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*As informações e valores dos produtos se referem ao momento de publicação desta matéria.