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Esfoliantes ácidos para o rosto: vantagens e perigos

Os produtos de cuidado com a pele estão em alta com os consumidores. Mas quais são os riscos de usar esfoliante ácido sem orientação profissional?

Por Redação Boa Forma
24 jun 2021, 19h22

As pesquisas por esfoliantes ácidos para o rosto dispararam nas redes sociais no ano passado. O produto é indicado há tempos pelos dermatologistas, e promove a renovação das células da pele. Atua diretamente no tratamento de manchas, flacidez e rugas, mas seu uso exige cuidados. Existem relatos de reações negativas na pele. É o caso de  Aurora Garcia, de 20 anos, que decidiu utilizar esfoliante ácido após ver relatos em suas redes e acabou desenvolvendo impetigo (infecção bacteriana superficial da pele). Afinal, esfoliantes ácidos são os melhores?

O que são esfoliantes ácidos e quais os seus tipos?

Os esfoliantes ácidos são uma das opções para a renovação das células da pele bastante conhecida por médicos da área. Possuem pH menor que 7 e são considerados esfoliantes químicos (ou seja, não possuem aqueles granuladinhos aos quais estamos acostumados de esfoliantes físicos faciais), acelerando o processo natural de renovação da camada mais superficial da pele por meio da descamação. Essa remoção da superfície, juntamente com a penetração do ácido, causa uma reação inflamatória que colabora para a síntese de colágeno e para a reparação dos tecidos, deixando a pela com mais maciez, brilho e viço.

Existem vários tipos de ácidos, para diferentes finalidades, que variam na intensidade de penetração na pele. “O ácido glicólico é muito usado para rejuvenescimento, renovação celular e clareamento. O acido salicílico, para peles com acne e oleosidade. O mandélico, para peles manchadas e oleosas. O ácido lático, para renovação celular, rejuvenescimento e peles acneicas”, afirma a dermatologista Natasha Crepaldi.

A intensidade da penetração na pele depende de suas estruturas  moleculares. Quanto maior for, mais “suave” será o efeito em contato com a pele. “Se você tem uma pele super sensível, um ácido mandélico pode ser a melhor opção para você. Ele possui uma estrutura molecular maior do que as de outros ácidos, como glicólico e salicílico, e por isso não penetra tão profundamente”, explica o dermatologista André Braz.

“Já o ácido glicólico é uma das menores moléculas da família dos alfa hidroxiácidos. Na prática, isso significa que é solúvel em água e penetra profundamente na pele. Trata-se de uma fórmula de alto impacto, excelente para agir contra o envelhecimento da pele e a acne. O ácido lático é de origem animal, e sua principal função é esfoliante, ou seja, remove as células mortas, promovendo uma pele mais lisa e jovem. Quando falamos dele, saiba que tem peso molecular intermediário, o que significa que não penetra tão profundamente nas camadas da pele. Ainda tem a capacidade umectante, retém moléculas de água – e é indicado para uma pele mista, por exemplo”, afirma o profissional. “Já o ácido salicílico é um beta hidroxiácido de ação queratolítica e anti-inflamatória. Em termos simples,  promove uma esfoliação suave e a redução do processo inflamatório (causa descamação suave na pele), auxilia na diminuição da produção de sebo, diminui as imperfeições da acne, desobstrui os poros, melhora a textura da pele e é indicado para peles oleosas e acneicas.”

Benefícios do esfoliante ácido e como usar

Você pode estar se perguntando como fazer para obter esses produtos. O esfoliante ácido precisa ser indicado pelo médico, após uma avaliação. “Esfoliantes não são indicados para todos os tipos de pele, pois peles secas e sensíveis sofrem com a remoção da superfície da barreira cutânea provocada pelos esfoliantes. Portanto, além de avaliar o tipo de pele, o dermatologista deve analisar os hábitos e rotina do paciente, para indicar ou não esfoliantes, e, se indicar, dizer qual a melhor opção frente ao diagnóstico”, diz a doutora Crepaldi.

Além disso, cada ácido tem o período do dia certo para ser aplicado. Alguns, como o retinóico, precisam ser usados à noite, por conta do sol. Já o ácido hialurônico pode ser usado de dia, mas sempre com protetor solar, e evitando a exposição direta aos raios de sol. O produto não se deve ser aplicado diariamente, “O ideal é começar usando uma vez na semana e ir aumentando para até, no máximo, três vezes durante a semana, e sempre se atentando a qualquer sinal de reação na pele”, aconselha a dermatologista Priscila Camara de Camargo. “Se usado corretamente e sem nenhum dano à pele, com o uso por três vezes na semana, pode seguir o tratamento por até três meses seguidos.”

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A doutora Bomi Hong, dermatologista, explica que, diferentemente dos esfoliantes físicos, que precisam ser esfregados na pele em movimentos circulares, os esfoliantes ácidos são apenas aplicados sobre a pele. É como se fosse passar um creme para permanecer por certo tempo até agir e ser removido com produtos de higienização.

E os riscos da esfoliação com ácido?

Vale lembrar: é importante consultar um dermatologista antes de utilizar a esfoliação ácida por diversos motivos, e um deles é a característica do seu tipo de pele. Apesar dos diversos benefícios, esses ácidos poderosos podem acabar irritando a pele mais do que ajudando. “Os esfoliantes ácidos podem, se usados de forma inadequada, agredir a barreira da pele, causando irritação e inflamação. Esses dois fenômenos podem ‘queimar’ a pele, e, se não tratados adequadamente, podem provocar manchas e até cicatrizes”, alerta a doutora Hong.

“O ácido retinóico pode causar má formação fetal. Mulheres grávidas ou que pensam engravidar não podem usar esse ácido de forma alguma”, informa a dermatologista Ana Carolina Sumam “Algumas substâncias são classificadas como teratogênicas, e podem causar má formação durante a embriogênese, como o ácido retinóico.”

Durante o uso do esfoliante ácido, o uso do protetor solar deve ser uma preocupação permanente. Alguns ácidos podem deixar a pele mais sensível ao sol e suscetível a manchas. “Por exemplo, a paciente pode estar tratando uma mancha com o ácido para clarear. Se não tomar cuidados, pode causar um dano permanente, piorando a mancha”, explica a doutora Sumam. “A recomendação do filtro solar é válida também para usar em casa, pois não é só a luz solar ou o calor que afetam a pele, mas a luz azul de eletroeletrônicos, como o computador ou o celular, podem contribuir para fazer surgirem manchas na pele, principalmente de quem faz tratamento com ácidos.”

Se você costuma aproveitar bem o verão, expondo-se ao sol por várias horas, os dermatologistas não indicam escolher essa fase do ano para começar a esfoliação com ácido. Mas isso varia de pessoa para pessoa. Se você se banhar com a luz solar de maneira equilibrada ou mínima, provavelmente o tratamento não trará problemas.

 

Não se esqueça de consultar um profissional antes de utilizar esses produtos!

 

1 - The Ordinary Mandelic Acid 10% + HA 30ml

A fórmula de ácido mandélico produzida pela The Ordinary promete uma esfoliação suave, adequada para a pele delicada e sensível do rosto. Sua composição à base de 10% de ácido mandélico e ácido hialurônico hidrata a pele, proporcionando um peeling dérmico mais suave e superficial. Esfoliante importado. Frasco de 30 ml.
The Ordinary Mandelic Acid 10 HA 30 ml
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2 - The Ordinary AHA 30% + BHA 2% Peeling Solution 30ml

Os alfa hidroxiácidos (AHA) esfoliam a superfície superior da pele, visando dar uma aparência mais uniforme. Os beta hidroxiácidos (BHA) também esfoliam a pele, com uma função de ajudar a limpar os poros. Esta solução combinada de 29% AHA/BHA oferece uma esfoliação mais profunda para combater manchas visíveis e para melhorar o brilho da pele.
The Ordinary AHA 30% + BHA 2% Peeling Solution 30ml
  • R$ 162,09
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3 - The Ordinary, Ácido Hialurônico 2% + B5

O ácido hialurônico 2% + B5 é um composto à base de água, com ácido hialurônico e vitamina B5. Ele hidrata a pele e a torna mais suave e macia. O produto promete repor a umidade das diferentes camadas da pele.  
The Ordinary, Ácido Hialurônico 2% + B5
  • R$ 138,10
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4 - The Ordinary, Ácido Lático 10% + HA 2%, 30 ml

O ácido láctico é um ácido alfa-hidroxi, que esfolia a pele. Esta formulação de 10% oferece uma esfoliação leve, e é suportada por uma combinação de pimenta da Tasmânia, conhecida por reduzir os sinais de inflamação e a sensibilidade geralmente associadas à esfoliação. O pH desta fórmula é de aproximadamente 3,8.
The Ordinary, Ácido Lático 10% + HA 2%, 30 ml
  • R$ 103,40
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*As informações e valores dos produtos se referem ao momento de publicação desta matéria.

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