Por que o Kindle se tornou meu eletrônico favorito da quarentena
O isolamento social fez com que o e-reader se tornasse ainda mais prático e vantajoso

Minha história com o Kindle começou em 2019, quando meu volume de leitura decaía cada vez mais e eu sentia que a leitura tinha deixado de ser um prazer e se tornado uma obrigação. Cada vez mais eu focava apenas nas leituras técnicas e acadêmicas no lugar das prazerosas e divertidas. E foi assim que decidi comprar o Kindle 10ª geração.
Ter um e-reader naquela época não revolucionou o meu volume de leitura, mas com certeza fez com que eu lesse um pouco mais do que antes. No ônibus, no metrô, no caminho de volta para casa. Todo momento era um bom momento para ler algumas páginas, principalmente se o celular estivesse sem sinal. A praticidade que vinha com ter todos os meus livros em um aparelho menor e mais leve do que um único livro físico era inegável, principalmente quando eliminava minhas desculpas de não carregar um livro comigo por ser um peso a mais que não compensaria os cinco minutos que eu conseguiria ler quando conseguisse um lugar para sentar no metrô.
Na quarentena, porém, o Kindle passou de uma simples funcionalidade para o eletrônico que eu mais gosto e mais uso. Com a falta de opções de entretenimento depois de 7 meses isolada em casa, os livros passaram a ser ótimos refúgios, e isso fica ainda melhor quando sei que posso comprar um livro e começar a lê-lo imediatamente, sem precisar esperar a entrega e sem ter que buscar e desinfetar ainda mais caixas. E, aparentemente, não fui a única a pensar isso. De acordo com um levantamento feito pela Bookwire, distribuidora de livros digitais, o número de exemplares distribuídos pela empresa entre março e abril foi 80% maior do que a soma de 2019 inteiro.
O acervo de livros disponível na Amazon é bem completo e a loja se conecta diretamente com o Kindle, assim não é necessário nem sair do aparelho para fazer uma nova compra. Além disso, de tempos em tempos, alguns e-books são vendidos com desconto, podendo chegar até metade do preço original. Por ser pequeno, é possível segurar o aparelho e trocar as páginas com uma só mão e, além disso, a tela com 167 ppi (pixels por polegada) e luz embutida ajustável, a tela não gera reflexo, mesmo sob a luz do sol e proporciona uma leitura mais confortável, quase como um livro comum, sendo possível ler até mesmo no escuro. Depois das muitas horas por dia passadas no computador por conta do isolamento, o descanso na vista é certamente uma grande vantagem.
Por conta disso, passei a transferir todos os artigos em pdf que precisava ler para o Kindle, depois de descobrir essa funcionalidade. Através das configurações da conta Amazon, é possível criar um email para seu aparelho e autorizar os endereços de email que podem enviar arquivos para ele. Depois disso, basta enviar um email com o arquivo anexado para ele ser adicionado em sua biblioteca. Assim, também é possível transferir outros arquivos para leitura além de apenas os ebooks adquiridos na Amazon. Com certeza, a leitura se torna muito mais agradável e confortável do que pelo computador.
Para quem não vive sem o marca-texto, também é possível grifar trechos, adicionar notas e consultar o vocabulário através do dicionário – o que é ótimo para leituras em outras línguas e para quem está tentando aprender um novo idioma. Ajustes no tamanho da fonte e na luminosidade também podem ser feitos sem precisar sair da página.
Outro ponto positivo do Kindle é a duração da bateria. Em tempos onde praticamente todos os eletrônicos precisam ser carregados pelo menos uma vez ao dia, as semanas que o e-reader pode ficar sem ser recarregado são certamente um grande diferencial. E, mesmo quando precisa ser conectado à tomada, o tempo de carregamento não chega a 4 horas.
A 10ª geração do aparelho possui armazenamento de 8GB e, apesar disso parecer pouco, tem sido o suficiente para mim, que atualmente tenho pouco menos de 80 livros na minha biblioteca. A quantidade de armazenamento, inclusive, é um dos diferenciais entre o modelo 10ª geração e sua versão mais avançada, a Paperwhite, que também tem a opção de armazenamento de 32GB. Além dessa diferença, o Kindle Paperwhite também possui uma resolução maior (300 ppi) e é a prova d’água por até 60 minutos e 2 metros de profundidade, o que pode ser recomendado para aqueles que gostam de ler a beira da piscina.
Apesar de não ser a versão mais recente, a 10ª geração cumpre muito bem minhas necessidades e, em tempos tão complicados, tem sido minha melhor companhia, tornando a minha experiência de leitura muito mais simples e agradável e me ajudando a descobrir novos mundos enquanto continuamos sem poder sair de casa.

*As informações e valores dos produtos se referem ao momento de publicação desta matéria.