A exuberância dos vinhos fortificados
Ideias para dias mais frios, comuns na meia estação, categoria engloba tintos, brancos e rosados
Vinhos fortificados podem ser a pedida ideal para dias mais frios, por seu maior teor de álcool, e também uma grande descoberta para os fãs da bebida. A categoria é ampla, engloba tintos, brancos e rosados, e vai dos muito secos aos ultradoces, sempre com uma riqueza a mais nos aromas e sabores dada pela fortificação, normalmente com um ótimo potencial de guarda. Mas o que é a fortificação e como teria nascido?
A fortificação é a adição de um destilado ao vinho, durante ou depois de sua fermentação. Essa prática teria surgido no período das grandes navegações, no fim do século XV. Naquela época, os vinhos eram transportados em barris de madeira, não em garrafas, em longas viagens marítimas, e, muitas vezes, estragavam no percurso. A adição de álcool tinha o objetivo de torná-los mais resistentes. A prática da fortificação tornou-se mais comum a partir do fim do século XVII e início do século XVIII.
Existe no mundo do vinho uma ampla gama de fortificados em diversos estilos. Os mais famosos são o Vinho do Porto e o Jerez. Mas não para por aí, o planeta Baco é repleto de exemplos, como o Málaga (Espanha), Madeira e Moscatel de Setúbal (Portugal), Muscat de Rutherglen (Austrália), Marsala e Vin Santo (Itália), Commandaria (Chipre), Banyuls, Maury e Muscat de Beaumes-de-Venise (França).
Podem ser destacados alguns desses fortificados, a começar pelo Banyuls. Da região do Roussillon, no sul da França, próxima à fronteira com a Espanha, é fortificado durante a sua fermentação, retendo doçura natural. Depois, os vinhos amadurecem em madeira ou em garrafões expostos ao sol. Com teor de álcool que fica, normalmente, na casa dos 16%, o Banyuls pode ser branco ou rosé, mas o mais comum é o tinto.
A casta principal é a grenache noir, que aparece com um mínimo de 50%. É muito conhecido entre os apreciadores como o vinho que melhor combina com o chocolate.
O Madeira é produzido na Ilha da Madeira, em Portugal. Os vinhos vão dos quase secos aos muito doces e têm uma peculiaridade em sua produção, o processo de “estufagem”: exposição do vinho a temperaturas altas para emular as longas viagens pelo mar, que melhorariam a qualidade da bebida.
O Marsala, criado em 1773 na Sicília, é o fortificado mais famoso da Itália. Assim como o Jerez, tem uma ampla gama de estilos, do tinto ao branco, do seco (com 40 gramas de açúcar) até o doce, com mais de 100 gramas por litro. Fortificado durante a fermentação, seu teor alcoólico final fica na casa dos 17%-18%, e as uvas mais comuns são as brancas grillo, inzolia e catarrato. Sua cor vai do Oro (dourada), Ambra (âmbar) ao Rubino (rubi, nos tintos), e pode servir do aperitivo à sobremesa.
Vinhos fortificados de excelência
1 - Domaine de La Rectorie Banyuls Rimage Leon Parce 2016
- R$ 364,90
- R$ 259,90
2 - Madeira Justino’s 10 anos
- R$ 481,14
3 - Uncle Joseph Marsala Superiore Rubino Dolce DOC 2015
- R$ 469,90
- R$ 254,90
*As informações e valores dos produtos se referem ao momento de publicação desta matéria.