Um pequeno guia (com indicações) para degustar vinhos

Confira o passo a passo da prova da bebida e conheça três garrafas de diferentes variedades para treinar

Por Redação Veja SP, Thiago Silva
9 nov 2020, 19h27
A imagem mostra três garrafas de vinhos diferentes, todas pretas. A primeiro garrafa apresenta um rótulo branco, cortado na diagonal por uma faixa preta, com as letra S e M em preto, em cada lado da faixa. A segunda garrafa possui um rótulo branco com o desenho de alguns homens na colheita, enquanto a última garrafa possui um rótulo preto com um detalhe em vermelho no meio.
 (Divulgação/Divulgação)
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Beber é simples: basta transferir o líquido da garrafa para a taça e, finalmente, para a boca. Na degustação, esse caminho passa pelo cérebro e pelo coração. A autêntica técnica consiste em proceder toda a análise de maneira natural e contínua, de modo a não comprometer o principal: o prazer.

O que torna a bebida tão especial é o equilíbrio entre razão e emoção, que inspira quem desarrolhou a garrafa. Confira, abaixo, pontos a serem notados quando se faz uma prova e, ao lado, encontre sugestões para treinar.

Olhar. Normalmente, quanto mais escura a cor, mais encorpado (e mais tânico nos tintos). Quanto mais viva, mais ácido e jovem o vinho é. Quanto mais esmaecida, mais velho e menos ácido. Nos tintos, quanto mais violeta ou rubi, mais jovem (pode indicar que ainda está inadequado para beber). Quanto mais apagada e próxima à cor de tijolo ou laranja, mais envelhecido.

Os brancos jovens têm tonalidade tendendo ao verde, que, com o tempo, passa a amarelo e ao dourado. Os brancos ficam mais escuros ao envelhecer. Desconfie de brancos escuros demais.

Olfato. Aqui reside o grande charme do vinho. Gire-o na taça, libere a imaginação e inspire. Os odores mudarão à medida que você os aprecia. É interessante guardar um pouco de bebida na taça por algumas horas para acompanhar a evolução olfativa. Procure associar a coisas que você conhece (frutas, flores, especiarias, minerais) e ficará mais fácil reconhecê-los e recordá-los.

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Paladar e tato. Beber é o último estágio, no qual se confirmará tudo o que se sentiu anteriormente. O paladar proporciona quatro sensações: doçura, acidez, salgado e amargor. Alguns cientistas acrescentam os chamados umami e kokumi, este ainda em estudos (tornariam os vinhos mais “substanciosos”). No contato da boca, nota-se a consistência do vinho, a aspereza, a fluidez, a pungência, a temperatura e a adstringência ou tanicidade.

O aroma de boca é diferente do de nariz, pois a saliva aquece e intensifica a evaporação. Em geral, esses aromas são mais fortes e menos elegantes que os de nariz. Para senti-los melhor, pode-se, com o líquido ainda na boca, deixar entrar um pouco de ar nela. Após engolir, sente-se o calor provocado, efeito do álcool e o que chamamos fim de boca. Com alguns exemplares, tem-se a sensação de que os aromas retornam após algum tempo, o que chamamos de retrogosto.

Confira exemplares para o teste:

Degustação de vinhos

1 - Vinho Tinto Mas Collet Selecció Montsant 2017

Mas Collet é uma representação dos vinhos de Montsant. Feito com uvas típicas de lá como Grenache, Samsó e um toque da Cabernet, amadurece por 8 meses em barricas afim de ganhar complexidade e amaciar os taninos. Combina com aves, carnes vermelhas grelhadas e queijos. Teor alcoólico: 14,5%
A imagem mostra uma garrafa escura de 750 ml do vinho Mas Collet Selecció Montsant 2017. A garrafa tem um rótulo branco com o nome do vinho e alguns desenhos de homens numa colheita.
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2 - Vinho Tinto Xavier Vignon Côtes du Rhône SM

Elaborado por Xavier Vignon, este vinho saiu das parcelas de terra do Vale do Rhône, e de um trabalho meticuloso de um dos mais renomados enólogos da França. Este Côtes du Rhône é resultado de um blend que une o melhor que o norte e o sul do Rhône têm a oferecer. A sigla SM. no nome, representa essa divisão: S é de Setentrional e M é de Meridional. Da parte norte, temos 50% de Syrah, safra de 2011, originário de vinhas com mais de 60 anos, com 14 meses em carvalho. Da parte sul, 50% de Grenache, safra 2012, de vinhas com mais de 80 anos. Combina com carnes fortes, T-bone, carne de porco e costela ao molho barbecue. Teor alcoólico: 14,5%
A imagem mostra uma garrafa de 750 ml do vinho Xavier Vignon Côtes du Rhône SM. A garrafa é preta e o rótulo é prata com uma listra preta cruzando-o na diagonal, onde é possível ler Xavier. Além disso, há um S e um M em cada lado da listra.
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3 - Vinho Yalumba Sanctum Coonawarra Cabernet Sauvignon 2017

Coonawarra é o nome de uma área vitivinícola em South Australia, que possui os melhores vinhedos de Cabernet Sauvignon da Austrália. Produzido sob o conceito Vegan Friendly e com uvas provenientes deste terroir, esse exemplar une a elegância européia com a pureza e a alta concentração da fruta australiana. Combina com risoto de bacon, filé de frango à parmegiana, nhoque com ragu de carne, batata recheada com três queijos, tarte tartin de ratatouille e contra filé ao forno. Teor alcoólico: 13%
A imagem mostra uma garrafa de 750 ml do vinho Yalumba Sanctum Coonawarra Cabernet Sauvignon 2017. A garrafa é preta, com um rótulo preto e um detalhe no meio em vermelho. É possível ler o nome Yalumba na parte de cima do rótulo.
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