Os melhores chianti, produzidos na Toscana, não devem nada aos clássicos italianos como o irmão mais nobre brunello, o barolo (joia do Piemonte) e o amarone (símbolo do Vêneto).É o que pude constatar em viagem à região no ano passado, onde participei do Anteprime Toscana, evento que ao longo de uma semana reúne cerca de 300 jornalistas de trinta países para provas das novas safras dos vinhos lá elaborados.Na prova The Chianti Classico Collection, realizada em Florença em dois dias de fevereiro de 2020, havia nada menos que 480 chianti classico para degustar. Desses, avaliei 130 — publico, no meu blog no site da Vejinha (wp.me/p7KfnB-4fyi), um ranking com os dez melhores em cada categoria.Como resultado de um trabalho intenso, desde o vinhedo até o marketing, o nome chianti classico está sendo elevado ao mesmo patamar de outros grandes rótulos da Itália. Uma nova família desse vinho, chamada de gran selezione, abriu caminho para essa consolidação.Na prática, os representantes do grupo novato são mais encorpados, com mais madeira e maior potencial de guarda. Quando criada, em 2014, a categoria constituía 4% da produção de classico.O sucesso foi tanto que hoje os gran selezione e os riserva juntos representam cerca de 40% da produção e 50% das vendas, elevando a qualidade, o preço médio e sobretudo a imagem do chianti. É bom lembrar que existem dois tipos básicos desse tipo de vinho.O classico é o produzido na zona geográfica entre Florença e Siena, originalmente demarcada no ano 1716. O chianti, sem o sobrenome classico, vem dos territórios em torno, de uma zona alargada e oficializada em 1930. Abaixo, indico três bons rótulos de chianti classico para experimentar:*As informações e valores dos produtos se referem ao momento de publicação desta matéria.** Conteúdo escrito por Marcelo Copello